domingo, 30 de agosto de 2009

O FATO DO FLATO

Por que a escola convoca os pais?

Certa manhã fui chamada ás presas pela escola do meu filho sob a alegação de que ele teria feito cocô nas calças. Como esses acidentes podem acontecer com qualquer um, peguei uma roupa e fui imediatamente à escola "salvar" o meu filho, já imaginando seu constrangimento e pensando em como limpá-lo já que sabemos que as escolas não estão preparadas para "acidentes de percurso" como estes.

Quando lá cheguei encontrei meu filho feliz e vestido com a roupa que teoricamente estaria toda suja. Fui verificar e constatei que todo o estardalhaço da escola era causado por um flato, é isso mesmo, um flato também conhecido como ventosidade, pum ou peido.

Vejam bem, meus amigos a mãe deixa seus afazeres profissionais devido a uma suposição infundada da escola de que todo flato faz-se acompanhar de matéria fecal.

O que terá causado o chamado urgente da mãe á escola? O flato em si ou o fato do flato ter sido praticado por um menino com síndrome de Down?

Como e porque lutar por uma escola inclusiva onde a criança não tem sequer o direito de flatular?

Que escola é esta e que educadores são estes que supõem que o menino estava todo enfezado, para não dizer cagado, por causa de um flato mais malcheiroso do que os habitualmente sentidos por narizes convencionais.
Tal fato teria acontecido se o flato tivesse sido praticado por um aluno convencional?
Qual, na opinião de vocês, deve ser a atitude de uma mãe que é chamada á escola por tal fato? Deverá ela proibir o filho de praticar o ato de flatular na escola? Deverá ela mudar sua alimentação para que o flato seja mais cheiroso?

Pois é, meus amigos, preciso muito da ajuda de vocês para resolver esta questão.
O que eu devo fazer? Meu filho precisa e tem direito, mas ele, por ter síndrome de Down, não pode sequer flatular nas dependências da escola.

O que fazer?

A ESCOLA TEM SALVAÇÃO?

Lurdinha Danezy - mãe do Lucio

Um comentário:

  1. Boa noite,

    escolas são um mal necessário, infelizmente não temos muito o que fazer contra ela, afinal o consenso diz que faz mais bem do que mal.

    Mas idéias inéditas nascem de fatos incomuns, quem sabe não seja uma boa hora para rever nossos padrões alimentares, que venha a gastronomia não flatulenta.

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